segunda-feira, 21 de maio de 2012

[review] Cadarço Elástico da Hera Sports

Recebi ontem (20/05/2012) uma peça do cadarço elástico da Hera Sports para fazer um teste. Há tempos que tinha vontade de experimentar um destes para corrida.

Primeiro vamos a apresentação do produto. O que recebi é um preto e vem na caixinha como vocês podem ver abaixo.



Instruções no verso

Na caixa vem os cadarços, as presilhas e uma outra pecinha que não aparecia nas instruções. Imaginei que pudesse ser talvez uma ponteira para travar as pontas do cadarço, mas acabei usando elas como uma trava adicional. Se alguém da Hera puder ver depois se eu fiz besteira, eu agradeço. E já fica como sugestão incluir o uso correto da pecinha nas instruções. ;-)

A "pecinha"


Abaixo uma foto do tênis que usei para o teste. É um Asics Nimbus 12. Tá meio(??) sujo, não reparem.
Tênis com cadarço convencional

Em seguida coloquei os cadarços elásticos. A forma de colocar não difere em nada de um cadarço normal. Bem tranquilo. A única diferença está no final no uso da presilha para o ajuste.

Vejam abaixo como ficou.

Tênis com o cadarço elástico. Pronto para ir correr
Com tudo pronto, saí para correr. Fiz um treino de 25km com eles. Minhas impressões foram as seguintes. Fica extremamente confortável de usar. A elasticidade faz com que o tênis se ajuste automaticamente em todos os pontos sem deixar uma parte frouxa ou alguma outra apertada, como pode acontecer em um cadarço convencional. Durante a corrida um medo que eu tinha em usar um cadarço desses era justamente do pé ficar meio solto no tênis. Isso não acontece. O pé ficou muito confortável e estável. Se você tem problemas com os pés inchando muito durante a corrida acho que não pode ficar sem um destes, já que ele ira se adaptar ao pé inchado muito melhor que um cadarço convencional.

O fato de não ter um laço para amarrar elimina os acidentes de tênis desamarrado no meio de um treino (ou pior, no meio de uma prova). Quem já teve tênis desamarrado sabe como isso incomoda.

Abaixo a situação do tênis depois do treino. Vejam que o cadarço não mexeu praticamente nada. Do jeito que coloquei ficou.

Tênis depois do treino, um pouco mais sujo!! :-)

Close em como coloquei a presilha e a "pecinha". Não solta de jeito nenhum!!!

Outra vantagem matadora de um cadarço deste tipo. Tirar e colocar o tênis. Quem já fez uma prova ou treino em que chegou quebrado, ou faz provas de ultraendurance em que acaba utilizando mais de um par de tênis sabe da dificuldade em se tirar ou colocar um par de tênis quando a parte física já está complicada. Com o cadarço elástico a tarefa fica MUITO mais fácil. Vejam o vídeo que fiz mostrando isso.

E isso tudo só com uma mão enquanto segurava a câmera!! :-)

Enfim, os cadarços elásticos da Hera foram aprovados com louvor no teste. A única coisa que ainda não posso falar a respeito deles é em relação a durabilidade. Isso só o tempo vai dizer, mas acredito que devem durar bastante tempo.

Ah sim. Agora quero colocar um destes nos outros tênis também!!! :-)

Qualquer pergunta, coloquem aí nos comentários que respondo o que estiver ao meu alcance.

[]'s


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Veni, vidi, erupit - (Vim, Vi, Quebrei) Maratona da Linha Verde

Esse post acontece com bastante atraso, mas não poderia deixar passar minha primeira participação em uma maratona oficial. Digo "primeira oficial" pois a distância de 42km não é exatamente novidade para mim. Já fiz uns treinos malucos (uma maratona em uma rua) e umas provas de ultraendurance (24h de campinas e praias e trilhas), mas mesmo assim nunca havia corrido uma maratona oficial. A escolhida para iniciar foi justamente a Maratona da Linha Verde. 

Ano passado (2011) fiz minha estréia oficial em meias maratonas também na Meia da Linha Verde. Achei mais do que apropriado também correr minha primeira maratona lá. Já conhecia o percurso da meia e sabia que a maratona seria uma pedreira, mas se quisesse moleza não estaria nesse negócio de corrida, não é?

Como a segunda parte da maratona seria em percurso relativamente plano, pensei que mesmo com a primeira metade muito pesada, talvez fosse possível encaixar uma sub4h lá. Para isso tudo teria que estar perfeito. Eu teria que estar muito bem no dia, o clima deveria ajudar, e tudo estar nas CNTP (condições normais de temperatura e pressão, rodsblog é cultura!!!).

O mês de abril foi particularmente pesado em relação a participação em prova. Começou com a Golden Four Asics em BH, teve Volta a Ilha e estava finalizando com a Maratona. Resumindo, os treinos ficaram longe do ideal.

No sábado pré-maratona foi diversão pura com a turma de BH e outros amigos. Acabamos indo ver o filme "The Avengers" para entrar no clima da corrida...he he he

Não tentem isso em casa, somos profissionais treinados
 E logo em seguida o já tradicional jantar de massas com a turma...

Chegando de mala e cuia para o jantar
Devidamente abastecido, fomos dormir cedo pois a largada seria as 6:30 da madruga na cidade administrativa.

Chegando lá logo de cara fui encontrando vários amigos. Vejam aí na sequência de fotos.










 
Já antes da largada já deu para perceber que dificilmente daria para fazer o planejado. Mesmo a prova largando bem cedo, o friozinho que seria normal para o horário simplesmente não existia. O dia já prometia que seria bem quente.

Meu planejamento inicial foi seguir bem tranquilo na primeira metade(de altimetria de cabrito), tentando ficar em um pace de 5:40-5:50 para depois tentar acelerar um pouquinho na segunda metade plana (ou quase). A prova começou muito bem, segui no ritmo planejado e estava me sentindo muito bem. Comecei acompanhando a turma que estava indo para fazer a meia, mas como tava com o planejamento na cabeça, acabei seguindo um pouco na frente e distanciando um pouco deles. Saindo da cidade administrativa, encontrei com o amigo Fenando Camarano(@FernandoJordy). Ele estava fazendo a meia e acabei acompanhando ele durante um bom tempo. Acabou que ele começou a seguir em um ritmo um pouco mais forte e decidi não acompanhá-lo e seguir no pace planejado e fui vendo ele lentamente sumindo lá na frente.

Esse trecho da prova, apesar de ser bem cruel nas subidas, é também muito gostoso para correr. Sou suspeito para falar porque a visão de um asfalto sem fim é uma coisa que gosto, desligo a cabeça e vou correndo numa boa. A hidratação durante a prova estava bem adequada. Havia postos aproximadamente a cada 3km. O problema foi que na medida em que o o dia ia avançando, a temperatura também ia. 

A prova foi indo bem para mim durante a primeira metade. Já no final da meia, creio que na subida da Cidade Nova encontrei com o Fernando de novo. Ele acabou não se sentindo bem no final da prova e deu uma diminuída. Quando passei por ele tentei animá-lo e chamei para ele vir junto, mas o negócio tava feio mesmo. 

Um pouco depois cheguei na plaquinha que chamei de "teste psicológico" da prova. Era a placa que indicava que quem estava na meia deveria virar a esquerda e o pessoal da Maratona deveria seguir em frente. É dureza seguir reto e ver a grande maioria virando para terminar a prova. Segui em frente e estava quase tudo conforme o planejado. Até aí tava tudo certo comigo fisicamente, mas o sol já começava a castigar muito. Passei por vários termômetros mostrando temperatura na casa dos 30 graus. mesmo assim segui correndo bem até por volta do km 23. Foi nesse ponto da corrida que tive uma experiência até então inédita para mim em provas. A panturrilha da perna direita ameaçou travar. Senti aquela puxadinha que já te dá uma quebrada na cabeça e imediatamente soltar um "Agora fud...!!!". 

Dei uma diminuída, e fui tentando alongar a musculatura da panturrilha mudando um pouco a forma e pisar e consegui continuar mesmo bem mais lento. Estava praticamente no meio da prova, e o fantasma de travar as pernas e ficar no caminho começou a me assombrar muito a partir daí. Um pouco depois a panturrilha da perna esquerda começou a dar sinais de vida também. Provavelmente quando mudei a forma de pisar para poupar um pouco a perna direita a esquerda sofreu, e a partir daí foi um jogo de ir tentando aliviar a musculatura da perna que incomodava mais no momento. Nessa hora vi que se continuasse insistindo em correr as pernas travariam. Comecei alternar momentos caminhando e correndo para ir aliviando a musculatura.

Nessa hora o amigo Alan Nardi passou por mim e seguiu correndo na frente. Fui olhando em volta e vi que o calor não estava castigando somente a mim. Vi vários corredores que também acabaram tendo que alternar uma caminhada e corrida. Por diversas vezes passava alguém que me passava um pouco depois nessas alternadas entre corrida e caminhada. 

Nesse ponto da corrida para frente foi pura teimosia. O corpo já tinha ficado para trás. No km 28 o trajeto passa pela linha de chegada da meia maratona. Foi quando ouvi vários dos amigos gritando meu nome e incentivando. Isso deu uma força muito grande para continuar. Eu já estava só o resto ali, mas não iria parar.

Continuei do jeito que dava, corria, caminhava, quase me arrastava quando encontrava alguma subida e fui indo. Cada passo para frente era um passo em direção ao fim. Um pouco mais para frente, avistei uma camisa amarela que sabia que era do Alan. Fui correndo e acabai chegando nele. Ele também estava bem mal nesse ponto da prova (acho que era km 33-34). A partir desse ponto fomos juntos. Um foi incentivando o outro. Corríamos quando dava, caminhávamos e fomos avançando. Chegando no km 39 ou 40 falei para ele "Vamos correndo até o final agora? É chegada ou ambulância!!!" Com sinal afirmativo dele fomos correndo a partir desse ponto. Faltando uns 400-500 mts para a chegada, vários amigos já nos aguardavam para correr junto o finzinho da prova. Foi excelente vê-los e fomos correndo com eles nos puxando. Na empolgação quase que fiquei. Foi aumentar o ritmo e as panturrilhas reclamaram. Mas aí chegaria nem que fosse plantando bananeira... :-)

Chegando...

Reta final
Depois de chegar, o Rodrigo (@tiorods) da SRrunners (@SRrunners) fez uma tortur...digo alongamento e massagem na minhas pernas que valeu ouro... Já senti uma boa melhora logo depois. 

Mas a prova ainda não estava terminada. Faltava chegar o Benito (@Benitoricoy). Fomos andando um trecho para chegar correndo com ele também no final. Deu um tempinho e o avistamos... Aí mais festa!!!

Acompanhando a chegada do Benito

Só festa

Turma boa

A prova foi um verdadeiro desafio. Percurso desafiador, sol de matar, mas a companhia dos amigos fez valer demais a pena. O tempo acabou ficando em 4h41m18s. Tendo em vista o tanto de aperto que passei nessa prova está mais do que bom!!! :-)

Ano que vem tem revanche!!!

[]´s e até a próxima...





quinta-feira, 3 de maio de 2012

Matei a charada do quadro "O Grito"!!!

Sempre achei muito interessante a pintura "O grito" de Munch, mas só hoje fui matar a charada da inspiração ao ler o poema que inspirou a pintura. Segue abaixo:


Estava andando pela estrada com dois amigos
O sol se pondo com um céu vermelho sangue
Senti uma brisa de melancolia e parei
Paralizado, morto de cansaço…
… meus amigos continuaram andando- eu continuei parado
tremendo de ansiedade, senti o tremendo Grito da natureza”


Elementar meu caro Watson! Munch Q-U-E-B-R-O-U no meio da corrida!!!! :-)