terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Testando Camelbak octane xct, manguitos skarp e headlamp petzl tikka2

Acabei de fechar um treino de 23km e aproveitei para testar as últimas compras para as corridas.

Os produtos testados foram a mochila de hidratação camelbak octane xct, os manguitos Haai da Skarp e a Headlamp Petz Tikka 2.

Primeiro a mochila. Ela tem capacidade para 3 litros e vem com bolsos laterais e um outro bolso traseiro para pequenos objetos. Os bolsos laterais são excelentes para deixar a mão coisas que podemos precisar durante a corrida sem precisar tirar a mochila das costas (celular, gel, dinheiro, a headlamp, etc..). Além disso ela tem um fecho adicional mais perto da cintura além do fecho peitoral. No começo estranhei um pouco o segundo fecho mais baixo pois as outras mochilas que já usei não a possuem, mas depois de uns quilômetros nem lembrei mais dele. O fato é que esse segundo fecho trava muito bem a mochila nas costas e faz o centro de gravidade ficar um pouco mais baixo. Dessa forma o peso vem mais para próximo da cintura e os ombros agradecem. ;-)

Resumindo, a grande capacidade para água, os bolsos laterais e o fato dela ser extremamente confortável faz dela um produto matador para treinos e provas longas.

O segundo produto testado no treino foram os manguitos. Como na hora que comecei o treino ainda tinha sol, os manguitos foram acomodados em um dos bolsos laterais da mochila. Assim que o sol baixou e a noite começou a dar as caras, tirei-os do bolso e os coloquei. São muito confortáveis e dão um conforto térmico muito bom. Nunca tinha usado algo do tipo e gostei. Acho que em dias mais frios serão ainda melhores.

O terceiro produto testado foi a headlamp petzl tikka2. Como sabia que ia pegar noite no meio do treino, achei que seria a oportunidade perfeita para testá-la. Estava correndo em uma rodovia estadual que não tem tanto movimento, mas tem zero de iluminação longe da cidade. A tikka2 tem 3 modos de uso, normal, econômico e piscando. Quando a noite estava começando, deixei-a no modo econômico para que os carros me enxergassem mais facilmente. Mesmo depois no escuro, o modo econômico permitiu correr sem problemas no asfalto, dava para ver muito bem o chão. Mudei para o modo normal e que maravilha!! Ilumina muito, mas muito bem mesmo, tanto que abaixava a cabeça para não cegar os motoristas que vinham em sentido contrário. Fui muito legal correr no escuro só com a luz da headlamp.

Abaixo algumas fotos do meu estado no final do treino vestindo os 3 produtos citados.

Headlamp Petzl Tikka2

Mochila Camelbak Octane XCT

Mochila Camelbak Octane XCT

Mochila Camelbak Octane XCT 

Mochila Camelbak Octane XCT 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Volta a Ilha, Morro maldito. Desafio Aceito :-)


A imagem diz tudo! Esse vai ser meu trecho na prova da Volta a Ilha em Abril!!! Vamos que vamos!!!

Se quiser ver mais detalhes do percurso, tem um mapa disponível aqui.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

"Peladeiro" das corridas


2011 foi meu primeiro ano de corridas. Comecei em janeiro/11 quase morrendo para correr 1km direto (o que só consegui depois de algumas tentativas) e durante o ano fui evoluindo nas distâncias e na velocidade gradativamente. Comecei o ano com o objetivo inicial de conseguir fechar uma corrida de 10km sem parar de correr em nenhum momento  e pouco tempo depois já refiz o objetivo para fechar os 10km abaixo de 50minutos, o que consegui pouco tempo depois, e aí veio desafio de correr uma meia maratona, uma maratona, e acabei fechando o ano participando de corridas de endurance (84km na prova de Praias e Trilhas e 24h de Campinas com 123km percorridos). A participação nessas provas de endurance me confirmaram uma coisa que já sabia pelos treinos. Corrida = diversão.

A corrida para mim foi um achado para conseguir manter saúde física e mental. O que muitas pessoas fazem na mesa de bar, na frente da tv, etc, eu passei a fazer nas corridas. Para mim é terapia. Esse é um dos motivos pelo qual também sou muito resistente a seguir uma planilha de treinos. As corridas viram meio que obrigação e boa parte do prazer (pelo menos para mim) é perdido. Seguindo uma planilha se você perde um treino já bate aquela dor na consciência. No meu caso, eu saio para correr quando dá vontade (o que acontece muito, reconheço!! :-) ), e quase sempre saio sem saber exatamente quanto vou fazer. Tudo depende do dia, de como vou me sentir durante a corrida, etc. Já teve dia que saí achando que ia fazer quase uma maratona e voltei com nem 10k completados, e o inverso também já aconteceu, sair para dar uma corridinha e voltar depois de horas de rodagem com um baita dum sorriso no rosto. É por isso que meus "treinos" são basicamente os mesmos, rodagem em pace constante/confortável.

O que faço está longe do que seria um ideal de "treinamento" de corridas e não deve servir de exemplo para ninguém, mas até segunda opinião é como estou gostando de fazer. Fazendo uma analogia com futebol, eu não sou o atleta de clube, eu sou o peladeiro do campinho de terra batida e feliz bagarai com isso!!! ;-)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Crie seu treino no Google Earth e use o GPS como guia

Olá caros leitores (todos os 3 ou 4!! :-) ),

Creio que a grande maioria dos corredores tem seus pontos preferidos para treinar, aqueles onde conhecemos cada pedrinha e buraco do caminho, mas de vez em quando ( no meu caso muitas vezes!!) surge a vontade de fazer um treino meio maluco por onde nunca passamos. O problema é justamente esse. Muitas vezes ficamos com receio de pegar um caminho desconhecido, errar uma bifurcação e aí já era. Se você já passou por isso, esse post é para você.

Apesar de muita gente correr hoje com GPS no pulso, nem todo mundo usa todo o potencial do aparelho e fica no feijão com arroz de controlar somente o treino (distância, pace, BPM, etc). A dica que quero passar hoje é que você pode criar um percurso para fazer um treino por onde nunca passou e deixar o GPS te guiar no caminho.

Primeiro vamos aos softwares que iremos utilizar para isso:

Google Earth: Creio que esse dispensa apresentações. Com o google earth e suas imagens podemos facilmente criar caminhos em lugares que nunca estivemos. Claro que dependemos de uma boa resolução da imagem no local onde pretendemos treinar.

GPS Trackmaker: Este pode ser um pouco menos conhecido do público das corridas, mas é um software excelente para se trabalhar com GPS e seus dados em diferentes formatos. Para a finalidade desse post iremos utilizar sua capacidade de ler arquivos gerados pelo Google Earth e sua simplificação de trajetos em rotas. Use o link e baixe a versão gratuita.

Com os dois softwares instalados, podemos começar a brincadeira.

Passo 1: Crie a rota do seu treino utilizando o Google Earth


Esse passo é bem tranquilo. Simplesmente abra o google earth e comece a criar seu trajeto. Veja na imagem abaixo o ícone que você vai utilizar para iniciar a criação do seu treino.

Figura 1 - Google Earth - Criação do trajeto
Depois de seu trajeto do treino traçado. Clique com o botão direito em cima dele e escolha Salvar Lugar Como (Figura 2). Escolha um nome e salve-o no formato .kml (Figura 3)

Figura 2 - Salvando o trajeto criado

Figura 3 - Salvar no formato KML

Passo 2 - Criar a rota e carregar no GPS


Uma vez que nosso trajeto foi criado temos que arrumar um jeito para carregá-lo no GPS. Aí entra o trackmaker. Execute o trackmaker e abra o arquivo do trajeto que foi criado no passo anterior (Figura 4).

Figura 4 - Abrindo o arquivo no Trackmaker (selecione o tipo para KML)

Se tudo deu certo o seu trajeto irá aparecer na tela do trackmaker (Figura 5)


Figura 5 - Trilha aberta no Trackmaker


O que temos até o momento é uma trilha. Para poder carregar o trajeto no GPS e para que ele possa nos guiar precisamos converter essa trilha em uma rota. Outra coisa coisa importante. Dependendo do modelo do seu GPS, a capacidade de memória para registrar pontos em cada rota pode ser bastante limitada. Não tem problema, no processo de conversão podemos escolher a quantidade de pontos que será utilizada na criação da nova rota.

Para isso iremos utilizar um recurso chamado redutor de trilhas (Figura 6). Use o mouse e selecione todo o seu trajeto(1) e em seguida clique no ícone do redutor de trilhas (2). Na janela que será aberta, escolha a opção "Criar uma Rota" (3) e escolha o número de vértices (4). Escolha um número de vértices que considere apropriado para o tamanho da rota. Nesta operação você pode testar vários valores para ver se o resultado não vai cortar muitos pedaços da trilha original. Quanto menor o número de pontos, pior será a representação final da rota em relação a trilha original. Veja na Figura 7 a Comparação da Trilha original e da rota criada com 210 pontos.

Figura 6 - (1) Trilha Selecionada; (2) redutor de trilhas; (3) Opção Criar Rotas; (4) Número de vértices da nova Rota; (5)  Reduzir (cria a nova rota)

Figura 7 - Esquerda: Rota criada; Direita: Trilha original. A seta mostra como a  redução dos pontos influencia no traçado original


Agora que a rota foi criada, basta enviar para o garmin. Para isso, com seu GPS conectado ao computador (no exemplo usei o forerunner 305, mas o processo será similar para qualquer dispositivo semelhante) escolha a opção GPS (Figura 8) no menu do trackmaker e clique em "Interface Garmin" (ou simplesmente aperte F8).

Figura 8 - Opção GPS no Menu do Trackmaker


Na tela que aparecer (Figura 9), confira se o seu gps foi identificado corretamente (1), em seguida clique em Enviar (2) e depois clique em Rotas (3).

Figura 9 - (1) dispositivo conectado; (2) Enviar dados para o GPS; (3) Enviar somente a rota

Pronto. A rota foi carregada em seu gps. Agora para iniciar deixar o seu GPS te guiar, basta ir Navigation > Routes. Selecione a rota recém carregada e escolha "Navigate".

A partir daí o seu garmin irá indicar na telinha de navegação a direção que você deve seguir para chegar a cada próximo ponto (Figura 10).

Figura 10 - Garmin pronto para navegação a partir da rota 


Foi esse método que usei na primeira vez que fui fazer um treino maluco aqui que apelidei de rodsmaratona. foram 43,5km por estradas de terra e algumas bifurcações no caminho. Como fui sozinho e não se encontra nada pelo meio dessas estradas, errar o caminho não seria uma coisa boa de se fazer. Com o trajeto inteiro no GPS foi tranquilo (quer dizer, pelo menos a navegação, que o percurso e o sol mataram).

Como tá dando vontade de fazer a II rodsmaratona, lembrei de escrever esse post pois acho que muita gente não deve nem saber que seu garmin de pulso faz isso!! :-)

Espero que aproveitem. No caso de dúvidas, deixem aqui nos comentários que farei o possível para esclarecer.

Ah sim, antes de terminar fica o aviso. Não faça como o padre dos balões que se deu mal por não saber como operar os equipamentos que levou. Conheça como operar o seu GPS para situações de emergência e garanta que vai ter bateria suficiente para a duração do seu treino!! :)

Até o próximo post.

Rodrigo (@rodsmar)


Notinha pós publicação: O @barbosa_claudio me alertou que o garmin connect tem opção de criar trajetos e transferir para o gps também. Para quem tem garmin o próprio connect ou training center acaba sendo uma opção bem simples de ser utilizada. neste caso o percurso será transferido como um curso (course) para o GPS. A diferença do curso para a rota é que o curso pode ter mais pontos cadastrados, deve ter informação de pace específico associado ao percurso e só dá para jogar em dispositivos garmin. A rota é genérica e serve para qualquer dispositivo GPS, mas geralmente tem uma limitação maior na quantidade de pontos que podem ser utilizados. Além desses softwares mencionados no post tem "n" outras opções que podem ser utilizadas, mas considero a dupla google earth + trackmaker o pau para toda obra!! :-)